De repente uma inquietação começa a instigar-me, mas afinal o que é Páscoa?
Se perguntares a uma criança talvez esta diga: é quando o coelhinho vem nos visitar à noite e traz chocolates de presente. Um cristão certamente dirá que é tempo de ressurreição... Mas quanto a mim, continuo inquieta discutindo com as letras, igual tomar sopa com letrinhas, elas nunca se ordenam em uma ordem linear. E o questionamento continua?
Dentre as múltiplas possibilidades ficarei com a possível hipótese de que deveria ser um tempo de reflexão, como uma agenda anual destinada a esse fim.
Recorrendo a fase infantil onde fantasia é livre valho-me do que escreveu Lia Luft ao final de livro Perdas e Ganhos:
" Por isso escrevo e escreverei: para instigar o meu leitor imaginário - substituto dos amigos
imaginários da infância? - a buscar em si e compartir comigo tantas inquietações quanto aoque estamos fazendo com o tempo que nos é dado."
O tema amigos imaginários da infância é trazido aqui propositalmente, este faz um convite ao leitor a recorrer às memórias de sua infância e lembrar-nos que a infância nunca morreu, ou, não deveria morrer dentro de cada um de nós.
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