quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mandela no Filme Invictus

Na última sexta-feira, dia 09 de dezembro de 2011, ao assistir o filme Invictus na companhia de alunos e professores da Escola Estadual Aglae Kehl, algumas reflexões em mim brotaram, embora eu estivesse ali como convidada e com uma brecha de tempo puder trabalhar o microprojeto Crônicas na Rua-Mais Cultura/Pronasci. O enredo do filme trata da história pós-prisão e mandato político de Nelson Mandela como presidente da África do Sul e, pensando na discussão pretendida após o filme veio justamente a pergunta:- Por que Mandela fora sem dúvida um líder carismático político? Como fora capaz de traçar sua própria história? Logo algumas palavras surgiram de ímpeto em meu pensamento: ética e moral inabalável, firmeza de propósitos, identidade pessoal e cultural.
Também me peguei pensando como Mandela seria identificado? Muito em breve pensei - homem negro, sul-africano, letrado em Direito, prisioneiro por 27 anos, líder político carismático, de valores éticos e morais muito bem solidificados. Em seguida lembrei, como os africanos o chamavem de Madiba, referindo-se ao seu clã, linhagem, pois todos sabemos que a África é rica, também no aspecto de patrimônio material.
A partir de todas essas conexões, talvez para alguns possa parecer verdadeiros devaneios ou delírios, surge das minhas reflexões a palavra identidade cultural, ou seja, o sentimento de identidade, de pertença  a um grupo ou cultura, é exatamente o ponto chave de Mandela, sua identidade cultural, podendo ser entendida como as questões sobre lugar, gênero, raça, história, nacionalidade, orientação sexual, crença religiosa e etnia. A partir da base sólida de sua identidade, pode escrever sua própria história pessoal e de liderança política, mesmo assumindo uma nação dividida pelo regime do apartheid, sob intensos conflitos étnicos, políticos e de interesses diversos que compõe o fenômeno grupal pela disputa de poder.
É sobre esses pontos que detive minha atenção, deixo a discussão de outros aspectos para as outras ciências. Sem dúvida quando perguntada sobre quais as predileções sobre filmes e líderes, modelos inspiradores, pessoas que admira,etc e tal, comuns nas págimas de perfis das redes sociais, com certeza em perfil pessoal encontrarão Mandela como um dos meus eleitos e, que deixo como dica aos jovens corajosos na jornada do conhecimento, dentre os quais também me incluo.

                                                     Débora Lúcia de Souza e Silva
                                                      Psicóloga-CRP/RS 07/15877
   

Mandela no Filme Invictus

Na última sexta-feira, dia 09 de dezembro de 2011, ao assistir o filme Invictus na companhia de alunos e professores da Escola Estadual Aglae Kehl, algumas reflexões em mim brotaram, embora eu estivesse ali como convidada e com uma brecha de tempo puder trabalhar o microprojeto Crônicas na Rua-Mais Cultura/Pronasci. O enredo do filme trata da história pós-prisão e mandato político de Nelson Mandela como presidente da África do Sul e, pensando na discussão pretendida após o filme veio justamente a pergunta:- Por que Mandela fora sem dúvida um líder carismático político? Como fora capaz de traçar sua própria história? Logo algumas palavras surgiram de ímpeto em meu pensamento: ética e moral inabalável, firmeza de propósitos, identidade pessoal e cultural.
Também me peguei pensando como Mandela seria identificado? Muito em breve pensei - homem negro, sul-africano, letrado em Direito, prisioneiro por 27 anos, líder político carismático, de valores éticos e morais muito bem solidificados. Em seguida lembrei, como os africanos o chamavem de Madiba, referindo-se ao seu clã, linhagem, pois todos sabemos que a África é rica, também no aspecto de patrimônio material.
A partir de todas essas conexões, talvez para alguns possa parecer verdadeiros devaneios ou delírios, surge das minhas reflexões a palavra identidade cultural, ou seja, o sentimento de identidade, de pertença  a um grupo ou cultura, é exatamente o ponto chave de Mandela, sua identidade cultural, podendo ser entendida como as questões sobre lugar, gênero, raça, história, nacionalidade, orientação sexual, crença religiosa e etnia. A partir da base sólida de sua identidade, pode escrever sua própria história pessoal e de liderança política, mesmo assumindo uma nação dividida pelo regime do apartheid, sob intensos conflitos étnicos, políticos e de interesses diversos que compõe o fenômeno grupal pela disputa de poder.
É sobre esses pontos que detive minha atenção, deixo a discussão de outros aspectos para as outras ciências. Sem dúvida quando perguntada sobre quais as predileções sobre filmes e líderes, modelos inspiradores, pessoas que admira,etc e tal, comuns nas págimas de perfis das redes sociais, com certeza em perfil pessoal encontrarão Mandela como um dos meus eleitos e, que deixo como dica aos jovens corajosos na jornada do conhecimento, dentre os quais também me incluo.

                                                     Débora Lúcia de Souza e Silva
                                                      Psicóloga-CRP/RS 07/15877
   

domingo, 11 de dezembro de 2011

Túria a Personagem Drogada-Atividade Integrada das Crônicas com Contação de Histórias

No dia 06 de de dezembro de 2011 na Escola Estadual Aglae Kehl, mais uma  vez fizemos integração das oficinas de contação de histórias e criação de personagens da professora Zélia Araújo Lima, juntamente com a proposta do Concurso de Crônicas, que trouxe a seguinte personagem:
" Túria tem  20 anos, seus pais são funcionários públicos,é a filha mais velha.Tem dois irmãos,de 10 e 12 anos.
A família mora na cidade Novo Horizonte.
Túria, estuda na escola  Terceiro Milênio ,cursa  3ª ano do ensino médio. Sempre foi  estudiosa e  dedicada .
seu comportamento mudou depois que conheceu  o Juventino Medonho , o sangue bom, da banda To ligado.Há  6 meses deu  apenas uma tragadinha no bagulho do bom.
Agora é viciada em craque,sua família a internou várias vezes, está  desolada . A jovem quebra tudo dentro de casa e também, agride seus pais.
Mais uma vez  foi internada. A abstinência a tornou Agressiva,fugiu da clínica. Precisa de ajuda.
Agora, perambula  pela rua, pede trocadinhos para sustentar o seu vício."

A partir da encenação da personagem Túria, com a qual também interagi, foi possível trabalhar o tema das drogas, no aspecto da prevenção, trabalhou-se com os conceitos de dependência química, abstinência  e de outras consequências na vida social das pessoas como a solidão, desagregação familiar,etc.
Com essa intervenção foi possível observar que alguns jovens se comoveram, alguns pudemos perceber suas lágrimas quase caindo de seus olhos, outros sentiram-se encorajadas  e relataram que conheciam pessoas em ruas próximas às casas e que estes tinham morrido em conseqüência para alguns do consumo e outros em função do tráfico de drogas no entorno do local, " nas bocas de fumo". Alguns nesse momento declararam que iriam criar  histórias (textos), crônicas, junto com irmãos ou primos, porque já tinham passado da idade, que compreendia a faixa etária do microprojeto. Professora Zélia deixou sua mensagem final também, dizendo a eles que eram jovens cheios de possibilidades e que podiam fazer suas escolhas, inclusive livre do mundo das drogas.

                                          Débora Lúcia de Souza e Silva
                                             Psicóloga-CRP/RS 07/15877




sábado, 10 de dezembro de 2011

Um olhar sobre Xirê e Carreata de Mãe Oxum



Um olhar sobre o Xirê e Carreata de Mãe Oxum

 A produção deste texto deve-se ao fato de recentemente ter observado e vivenciado o evento da carreata e as festividades em homenagem à santa realizadas no município realizadas em 03 de dezembro de 2011. Por termos conhecimento de que há uma luta de alguns anos por parte de alguns religiosos, inclusive da ONG que presto trabalho voluntário em Psicologia desde 2007, mais especificamente falando da líder religiosa Mãe Carmen de Oxalá, pelo reconhecimento e reconstrução do território da Gruta de Oxum na Praia da Alegria em Guaíba-RS. Podemos iniciar esse exercício de escrita delineando a questão do imaginário ativo, tanto na ordem individual, subjetiva, quanto social com amplitude coletiva, relacionando-os com a questão patrimonial imaterial representada pela imagem Santa da Orixá Oxum na Praia da Alegria em Guaíba-RS, que no sincretismo religioso católico pode ser representada por Nossa Senhora Aparecida e Conceição e a expressão de sua representação através cultos africanos.
A partir de minhas observações e vivências no terreiro tradicional da Assobecaty e a exemplo do que aponta Sodré (2009), também no município de Guaíba/RS de um modo geral e, mais especificamente pelo poder público municipal pode-se afirmar que há uma dificuldade em separar real de imaginário pela longa tradição patrimonialista voltada ao capital, nesse sentido havendo um esforço de determinados grupos minoritários em manter sua hegemonia, mesmo quando se trata de um patrimônio imaterial, aqui representado pela imagem Santa Africana da Orixá Oxum da Praia da Alegria. Acreditamos que o fato esteja relacionado ao imaginário social criado em torno dos cultos religiosos africanos, que sofrem descaracterização nos coletivos sociais. Nos situando em relação ao poder público municipal que trataremos aqui e o grupo de religiosos, operantes em prol da imagem sagrada, em sua maioria negros de diferentes nações, ainda em busca de uma identidade reconhecida.Brevemente trazemos dados que demonstram a discrepância quando trata-se do tema de reconhecimento e legitimidade do culto africano, nos referimos a questão religiosa afro-brasileira, mais precisamente a identificação religiosa, que ainda sobre distorções e descaracterizações no Estado do Rio Grande do Sul, panorama semelhante no município de Guaíba, embora não tenhamos pesquisas oficiais disponíveis no momento. Segundo Oro (2008), embora o Censo do IBGE de 2000, revele o índice mais elevado do país que declararam pertencentes às religiões afro-brasileiras, pois enquanto o panorama nacional era de 0,3%, os gaúchos representam, os gaúchos representaram 1,62%, ficando a frente do Rio de Janeiro 1,31%.Na mesma época do Recenseamento, enquanto o país assistia uma diminuição de indivíduos que afirmavam sua identidade religiosa associada às religiões afro-brasileiras, no Rio Grande do Sul um aumento de 33%.
 Uma definição que melhor traduz a questão religiosa de que estamos tratando no município de Guaíba é definida por Oro(2009), na qual afirma que o batuque representa a expressão mais africana do complexo afro-religioso gaúcho, pois a linguagem litúrgica é yorubana, os símbolos utilizados são os de tradição africana, as entidades veneradas são os orixás e há uma identificação às “nações” africanas.
 Por se tratar a imagem santa da Orixá Oxum de um patrimônio imaterial e, em nossa discussão pretendermos abordar e problematizar a questão patrimonialista como tradição no município de Guaíba no sentido de acúmulo de capital por minorias, pois temos conhecimento de que a origem histórica da constituição da população do município fora a de grandes estancieiros que mantinham verdadeiras falanges de escravos negros, estes acabavam à margem do rio para poderem executar seus cultos religiosos livremente.
Ousamos um pouco na afirmação para além do conceito dos autores e complementamos, quando afirmam que este patrimônio cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. Diríamos muito mais que os cultos africanos trazem uma riqueza peculiar nos seus rituais, a tradição é passada principalmente através da oralidade, seja pelo toque dos tambores, pelos cânticos e rezas, que não se dissociam do ritmo corporal a cada expressão correspondente. A tradição cultural também está baseada na ancestralidade e na circularidade, pois todos os movimentos e manifestações se organizam em círculos, em rodas, onde início dos rituais dá-se preferência aos mais velhos, por acreditarem no seu acúmulo cultural, na sua sabedoria e sua continuidade através de seus ensinamentos.


 Finalmente, posso dizer que pessoalmente simpatizei com a causa por uma questão de cidadania, por que ainda não vi em termos de governabilidade municipal o exercício do estado pleno de direito, muito pelo contrário prega-se a idéia de uma democracia, contudo, na prática velada e sem respeito à diversidade cultural e religiosa. Resumidamente pode-se dizer que os direitos e garantias constitucionais ainda não estão plenamente garantidos neste município, todas as conquistas que foram sendo agregadas foram frutos de muita luta. Porém, por outro lado tivemos novos simpatizantes ao movimento, que certamente irão somar com suas contribuições ao evento e a luta pela causa da Gruta de Oxum, falamos das presenças de Camilo de Lelis-Teatrólogo, Pedro Vasconcellos-Secretário de Cultura do Município de São Leopoldo, Professora Zélia Araújo Lima- Narradora da Representação dos Orixás, Itair da Rádio RDC, entre tantas outras pessoas que a cada ano dão a sua contribuição para que o Xirê e a Carreata tenham o brilho e o glamour a que faz jus a Orixá Oxum.

 Débora Lúcia de Souza e Silva
  Psicóloga-CRP/RS 07;15877


Diário de Bordo do Microprojeto Crônicas na Rua -01.12.2011 e 03.12.2011



No dia 01.12.2011, aconteceu na Assobecaty a oficina de crônicas, onde os primeiros participantes do primeiro encontro compareceram. Um dos participantes pediu para fazer toda revisão ortográfica, pediu explicações gerais sobre redações, sendo também refeito o ensaio escrito da crônica. Foi auxiliado tanto por mim,quanto pelo outro integrante, que demonstrou ter mais facilidade para escrita, além do desejo de ser jornalista.



No dia 03 de dezembro de 2011,na Escola Estadual Ruy Coelho, em conjunto com o evento de integração interestadual dos Grupos de Capoeira, integrando também à oficina do Professor Gringo do Grupo Guarda Negra, realizamos as atividades dos microprojetos. A capoeira apresentou diferentes formas de exercícios, modalidades, como o ritmo de maculelê. Pelo Professor Gringo foi apresentada toda a equipe do Rede Cultura na Rua de microprojetos da Assobecaty, que ali se faziam presentes. O baner do Concurso de Crônicas foi utlizado como recurso visual e algumas pessoas e grupos se dispuseram a ouvir  a proposta.

                                 Débora Lúcia de Souza e Silva
                                   Psicóloga-CRP/O7/15877

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Diário de Bordo da Contação de Histórias- Criação de Personagens e Crônicas



 Contação de Histórias- Criação de Personagens e Crônicas

DATA: 29 de novembro de 2011.

 Neste dia foi realizada atividade de apresentação da proposta do Concurso de Crônicas, na Escola Estadual Aglae Kehl, em conjunto com a Oficina de Contação de Histórias e Criação de Personagens. Professora Zélia falou dos personagens Tibúrcio, Drogalina e Nicotis e Demogênio, fazendo alusão às origens do tabaco América Central e sua transformação em produto mercantil e na dependência química do mesmo e as conseqüências destrutivas na vida das pessoas.

 Após a apresentação da Professora Zélia, falei sobre a proposta aos alunos do Concurso de Crônicas sobre o tema das drogas, com o baner do projeto exposto à vista de todos, apresentei o vídeo alusivo às drogas-Mamute Pequenino, este vídeo além da questão das drogas aponta outras doenças que podem aparecer em consequência do uso de algumas drogas: como o câncer de pulmão pelo uso do cigarro, a cirrose em função do uso abusivo do álcool, a própria Aids e a consequência maior que é a morte.
Algumas pessoas, após ouvirem a história dos personagens, vídeo e propostas do concurso de crônicas, sentiram-se encorajadas e falaram de suas próprias experiências, uma das alunas relatou que se cedo não tivesse largado o vício do fumo com certeza já teria morrido de enfisema pulmonar. Enfim essas foram as atividades desenvolvidas nesta noite.


Débora Lúcia de Souza e Silva

 CRP/RS/07/15877