Comemoração ao ILÉ DE YEMANJÁ – DIA 15 DE OUTUBRO DE 2011
Ao receber o convite eletrônico em meu e-mail, pela regente religiosa do ILÉ (ASSOBECATY)-Mãe Carmen de Oxalá, as primeiras idéias que vieram em meu pensamento e que gostaria de dizer africanamente, mas ainda não domino o YORUBÁ, era obrigada à Rainha das Águas, do mar pelas oportunidades de conhecer a verdadeira face da religião africana! Religião com doutrinas e valores, que tantos deturpam sua imagem só buscando ideais vazios, medíocres e mesquinhos, que nada tem da tradição, dos costumes, enfim dos verdadeiros valores civilizatórios africanos.
Ago Nile Ô! (Me atrevo a arriscar)! Mãe do mar, força da criação e da inspiração, ao qual cada vez que vou até ele não me canso de contemplar e de me questionar de quanto somos pequenos perto de sua imensidão; portanto mãe das águas não tenho dúvidas do poder de seu axé, que transforma a direção e as correntes das marés, que influenciam no clima em geral, na formação das chuvas, na temperatura das águas, que resulta na manutenção das espécies e estas também alimentam os homens na Terra! Que seu axé possa acompanhar a vida de cada daquele que tem fé na força espiritual do mundo africano, como nos ensinou o professor Sidnei Nogueira “ Ase ase mojuba Ode arole lobiwa” (os meus sinceros respeitos ao início de ao início de tudo).
Mãe Yemanjá, ainda não sei ao certo se tenho sua passagem pelas minhas pernas ou pelos pés, mas sinto sua presença na minha vida e a tenho no coração, como exemplo de bondade, doação, respeito e acolhida, porque és a Mãe da Vida do Planeta, juntamente com outras mães do Panteon Africano, que também tenho meu profundo respeito a todas: Mãe Oxum, Mãe Iansã, Mãe Obá, Mãe Otim. Que sua homenagem possa ser grandiosa , tão quanto a representação do seu axé. Que eu e todos aqueles que acreditam na energia vital dos orixás africanos, possamos caminhar sobre a proteção de seu grande manto, levando a transformação em nossas vidas e para a vida daqueles que de nós necessitam!
Foi um final de semana intenso sem dúvida, muitas balas para enrolar , balões a encher para a decoração do salão de festas do povo de santo da nação africana. Todo evento religioso carrega suas experiências únicas e intensas e este não podia ser diferente, pude sentir sua intensidade não só psiquicamente através das percepções e registros, mas cinestésico também através de uma sensação de tremor (fraqueza) nas pernas ao experimentar o ensaio com o toque de agê para acompanhar o tambor, tudo apenas baseado na intuição auditiva, tentando sentir o som e assim acompanhar o ritmo. Tamanha foi a intensidade da vivência mística, que quando dormi, não era possível levantar a cabeça do travesseiro pra acordar, minha cabeça parecia estar dolorida, desconectada de meu corpo, que tinha que voltar ao sono, isso foi durante o dia seguinte inteiro, como se fizesse um retiro.
Débora Lúcia de Souza e Silva -Psicóloga
Nesta foto da esquerda para direita Denise Flores, eu ainda com a roupa da ação de rua dos microprojetos Mais Cultura e Carmen Oliveira, regente religiosa da casa, conhecida no meio religioso como Mãe Carmen de Oxalá.
Débora Lúcia de Souza e Silva -Psicóloga
Nesta foto da esquerda para direita Denise Flores, eu ainda com a roupa da ação de rua dos microprojetos Mais Cultura e Carmen Oliveira, regente religiosa da casa, conhecida no meio religioso como Mãe Carmen de Oxalá.
Depois das atividades de rua, do grupo Rede Cultura na Rua, foi a vez de reverenciar o sagrado, nem fui em casa, fiquei direto com o uniforme de rua!
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